Este post não é propriamente sobre a Doença de Crohn mas por outro lado até é. Infelizmente o video é em inglês e o tradutor automático do youtube não é o melhor, portanto acredito que uma parte dos leitores do blog não consigam perceber o seu conteúdo. Também gostava de ter mais tempo de momento para fazer uma espécie de resumo do video, maaaas, não tenho!
Portanto vejam-no, e não se esqueçam: façam as coisas e façam-nas com intuito de realmente as fazer, e não para se andarem a queixar aos outros dos vossos problemas ou a tentar que outras pessoas resolvam o que (só vocês?) podem resolver. E esta ultima parte sim, tem a ver com o Crohn.
Numa discussão que tive recentemente com familiares, não me recordo bem quem perguntou, mas o dialogo centrou-se sobre se a pessoa tivesse hipótese de escolher uma idade para viver qual escolheria? Ou seja, se, por exemplo, a uma pessoa de 80 anos fosse dada a possibilidade de escolher uma faixa de alguns anos, qual escolheria para viver para sempre, ou em que faixa de anos considera a melhor da sua vida?
A conversa andou para a frente e para trás cada um dando a sua opinião. No geral as respostas não foram muito criativas, os que tinham de 50 para cima achavam a idade actual (deles) a melhor e os com menos de 30 queriam voltar à fase da adolescência.
A minha resposta foi que achava que os melhores anos ainda estavam para vir, com a independência financeira e capacidade de tomar a minha vida pelas próprias mãos. Talvez seja uma visão um pouco limitada no sentido em que não estou a ver as coisas no cômputo geral mas sim a ter em conta as minhas aspirações actuais.
Bom, mas não estou a escrever este texto para falar da resposta que dei mas sim no que fiquei a pensar no dia seguinte.
Por muito que às vezes pense ou me iluda relativamente à influência que a doença teve/tem na minha, a verdade é que convivo com ela em todas as horas da minha vida. O dormir mal, todas as idas à casa de banho, o cansaço que me limita nos objectivos que consigo alcançar no dia a dia, sempre que tenho que escolher o que comer num restaurante ou o que cozinhar em casa, as conversas com outras pessoas em que fico a pensar se devo ou não contar que tenho a doença, o atraso físico que tive no crescimento e que me vai acompanhar para o resto da vida, o tempo perdido no Hospital, aquelas coisas que as pessoas nos dizem, os enjôos, as dores de barriga, as dores nas articulações, aquele medo de sair de casa... , noites a vomitar.
Já passei por tanta coisa e num dia normal tomo dezenas de decisões em que a doença é um factor importante. Mas a verdade é que este o melhor momento da minha vida. Nunca estive tão saudável, estou finalmente com um peso normal, a doença está o mais fraca que esteve desde que apareceu e quando olho para o futuro só vejo melhorias, afinal de contas o passado não foi grande coisa e as boas memórias são as que faço e que vou fazer. É claro que os melhores anos estão para vir, o pior acabou de passar!
Voltou a acontecer. Aquele momento em que se está a falar com uma pessoa e que se chega ao momento de dizer que se tem uma doença Crónica. E vem aquela pausa em que fico a pensar se quero mesmo continuar a conversa e começar a contar que tenho a doença.
Desta vez decidi não contar. Fica para a próxima...
Com esta nova moda de não se comer glúten porque faz mal a "isto e aquilo", deixo aqui dois links para dois textos interessantes sobre o assunto. Resumindo: Se não são doentes celíacos não devem/precisam tirar o glúten da alimentação. Eu experimentei e os resultados não foram os melhores, sinto-me melhor a fazer uma alimentação com glúten do que sem.
Às vezes pensamos nas coisas que se faziam antigamente com algum alivio por não estarmos incluídos nesses grupos. Depois de contemplar a minha vida passada, cheguei às conclusões que se seguem.Nasci em 1983, isto quer dizer que sou do tempo em que:
1986 - Explosão na central nuclear de Chernobyl, uma nuvem de partículas radioactivas espalhou-se por toda a Europa. Tinha eu apenas 3 anos de idade.
2000 - Início das inspecções periódicas obrigatórias de veículos. Lembram-se de como era antes? Era normal um carro deitar fumo azul. Isto para não falar dos motores a dois tempos das motas que não consigo encontrar o ano em que começaram a limitar a sua produção. Pior! Lembro-me de nós em miúdos gostarmos desse cheiro das motas, há com cada um....
2008 - Entra em vigor a lei que proíbe o acto de fumar em recintos fechados. Passaram apenas 7 anos desde então, custa a acreditar que antes se podia fumar em qualquer lado e quão desagradável era.
E de momento não me lembro de mais nada . De notar que uma grande parte da poluição vem dos automóveis! Suponho que no futuro farei um post sobre aquele tempo em que era normal ter veículos a gasóleo que libertam uma quantidade astronómica de partículas cancerígenas.
Nos dias que correm raramente vejo televisão e consequentemente estes programas televisivos passam-me despercebidos.
Deixemo-nos de rodeios, fica aqui o link, ou podem clicar na imagem para ver o video da reportagem. Podem ir ver, e quando acabarem voltem ao post.
Já acabaram? Então vamos lá.
Em criança não era obeso mas pertenço ao clube dos que comia todo o tipo de cereais (todos os dias) e bebia "Um bongo, o bom sabor da selva" com bastante frequência. Chocolates e bolos nem tanto, até porque ao contrário dos meus colegas de escola, não recebia dinheiro para gastar no bar da escola, onde eles lanchavam uma coca cola com uma pastelaria fresca, a maior porcaria que podiam fazer....
Mas embora o meu consumo desse tipo de alimentos tenha acabado aos 13 anos (aparecimento da DC) a verdade é que nos dias que correm não acho que esteja a fazer uma alimentação saudável- Quando na reportagem começaram a falar dos vários tipos de frutas e vegetais e dos benefícios que cada um tem comecei a ficar um pouco preocupado, embora me possa desculpar com o não comer certos vegetais, a nível da fruta não tenho essa mesma desculpa!
Por outro lado estou a trabalhar arduamente na parte de ganhar hábitos a nível de exercício físico, no mês passado andei 70 km e estou a seguir um plano de flexões que há na internet. Comecei nas 11 e agora já consigo fazer 23 .
O objectivo seguinte é conseguir começar a praticar corrida sem ficar lesionado, mas para isso ainda vou ter de andar a pé durante alguns meses para ganhar resistência suficiente, porque 17 anos sem fazer qualquer exercício físico deixou as suas mazelas.